sábado, 13 de março de 2010




Facilidades


Será possível que eu não possa ser feliz?
Que já tenha esgotado toda a pequena parte de felicidade que me pertencia?
O sorriso estava de novo espalhado pela minha cara embora em curtos espaços de tempo eu tinha conseguido recuperar um parte da felicidade que me pertencia em tempos mas em segundos todo voltou a mudar, arrancaram novamente a pouca felicidade que eu tinha recuperado e guardado cuidadosamente no meu coração, o sorriso desapareceu, os olhos brilhantes de felicidade passaram a estar brilhantes de lágrimas que tentava a todo o custo esconder mas não era fácil, nada fácil.

A mascara de felicidade presente na minha cara podia ser verdadeira para todas as pessoas existentes a minha volta, elas podiam achar que estava a ser fácil para mim estar longe de ti, mas a verdade é que elas nunca de dignaram a perguntar me se esses seus pensamentos eram verdade para descobrirem que essa mascara era só um fruto da minha auto-preservação e para protecção do que restava do meu pobre coração.


A primeira semana estava a ser tão difícil como o primeiro dia mas eu sabia perfeitamente que a minha atitude não era de modo algum sensata para com as pessoas que realmente me amam e para com as pessoas que se preocupam comigo quando elas pediam por tudo para eu sair de casa, para ir passear, arejar a cabeça e eu as desprezava e dizia que não precisava de nada disso.

Achei por bem sair, fazer a vontade a todas as pessoas que mo pediram e que eu não soube dar o devido valor.


Foi horrível e assustador ter de sair do meu porto de abrigo, do meu esconderijo secreto e enfrentar novamente o mundo.

O mundo estava diferente, pelo menos eu via o mundo de forma diferente, de outra maneira, de outro sentido, agora em vez de amor e felicidade os meus olhos estavam repletos de medo e incertezas.
Mesmo assim deixei os meus olhos e os outros sentidos vaguearem descobrindo e reavivando memórias de um mundo agora esquecido, sem dar por isso estava a caminhar por uma rua à muito esquecida uma rua onde eu nunca quereria ir se estivesse na minha perfeito consciência, a leve brisa batendo suavemente na minha cara fazia-me sentir bem, fazia-me sentir novamente viva, as pequenas gotas de chuva caindo gentilmente sobre a minha cara alegravam-me e até os gritos das crianças a brincar que normalmente me passavam ao lado naquele momento me felicitavam.




Até podem ter passado muitos minutos, horas até, mas a felicidade que me invadia are tão grande que pareciam ter passados simplesmente segundos quando ouvi uma pessoa a sussurrar "olá" bem perto do meu ouvido, nesse momento tudo parou, a voz à muito reconhecida pelo meu corpo atingiu-me em força e derrubou toda felicidade até ali existente com uma facilidade surreal, falavas como se nada se tivesse passado, como se à menos de uma semana me tivesses dito que simplesmente não dava mais, que éramos muito diferentes, não fiquei surpreendida com essa tua acção mas sim assustada, não sabia o que fazer, olhar novamente para ti fez com todas as memórias se reavivassem e passassem vezes sem quanto pelos meus olhos, senti as lágrimas começarem a correr novamente pela minha cara como se tivesses accionado uma torneira invisível dentro de mim, depois como se nada fosse viras-te as costas e desapareces-te tão rapidamente como apareces-te, como se fosses uma miragem, foste embora sem uma única despedida, uma única palavra.




Senti-me completamente derrotada, todas as minhas forças desapareceram, cai desamparada no chão frio e molhado num choro profundo e sentimental.




Magoas acima de tudo magoas a continuas a magoar-me com todas as tuas acções.




Amo-te e vou continuar a amar-te




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